04 maio, 2011

Só de Sacanagem....




"Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais.
Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração tá no escuro.
A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam:
" - Não roubarás!"
" - Devolva o lápis do coleguinha!"
" - Esse apontador não é seu, minha filha!"
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas-corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, e sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!
Dirão:
" - Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba."
E eu vou dizer:
"- Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão:
" - É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal".
E eu direi:
" - Não admito! Minha esperança é imortal!"
E eu repito, ouviram?
IMORTAL!!!
Sei que não dá pra mudar o começo,
mas, se a gente quiser,
vai dar pra mudar o final."




Esse texto expressa muito bem o sentimento que nós homens e mulheres de bem passamos hoje em Ubatuba, somente alteraria para nosso momento político na cidade a necessidade de termos um “habeas corpus preventivo”, beneficio utilizado muitas vezes por quem já sabe de sua culpa, mas que na atual situação que nos encontramos é sim uma ferramenta que pode nos proteger da vergonha de por um devaneio jurídico ( ou quem sabe até um direcionamento proposital) uma pessoa honesta e trabalhadora deixe de levar para casa o pão e o leite dos filhos para sair algemado como um bandido.
Sempre confiei na Justiça, mesmo lenta, sempre a vi como a única alternativa para vencer os corruptos e perseguidores, como o único remédio contra o câncer que assola nosso sistema político, mesmo que lenta, lembro novamente, como diz um ditado que gosto muito “ A Justiça tarda, mas não falha”. É nisso que quero acreditar, mas dentro do município não é o que vejo acontecer, dependendo da situação ela não é lenta, dependendo da pessoa, ela não é imparcial, dependendo do motivo ela não é justa.
Mais uma coisa, quando falo de habeas corpus preventivo, quero dizer buscar fora daqui, em São Paulo, onde devemos estar virando piada no meio jurídico, depois das varias bizarras decisões que de Ubatuba partem.
Como diz a Ana Carolina, neste texto de autoria de Elisa Lucinda escrito acima, “Só de Sacanagem” serei ainda mais honesto, mais ainda irei respeitar o próximo, pois no final de tudo, o que restará é a lei do tempo, ninguém consegue manter uma mascara e enganar todos por muito tempo, uma hora ela cai, e como e como num pesadelo acordamos e ficamos felizes de nos livrarmos daquele ser, e quem age corretamente, este sempre será lembrado, com carinho, com respeito, e esta será sua maior recompensa.
É no que acredito, é no que trabalho, é no que luto, sozinho? Não!!!! Junto com muitos, pois as vezes pode não parecer, mas os bons são maioria, a diferença é deixamos demais as decisões a um pequeno grupo que só pensa em levar vantagem para si próprios.
Podemos mudar essa historia, podemos fazer muito para o futuro de nossos filhos, basta não aceitarmos calados os absurdos que vemos.

Da Redação